Também chamados de açúcares artificiais, chegaram algumas décadas ao mercado com a promessa de ser um substituto do nosso doce de cada dia. Na medida em que os anos passaram, algumas verdades destes foram sendo descobertas. Embora possamos considerar o açúcar como substância com potencial de gerar dependência (em outas palavras: uma droga leve), ainda é um produto que não apresenta nenhuma vinculação com câncer ou outras doenças degenerativas, quando consumido de forma prudente. Alguns colegas podem até me crucificar pelo que direi, mas certamente o uso do açúcar de forma moderada tem menos riscos para a saúde, quando comparado a muitos dos seus similares artificiais.
O alerta a respeito dos adoçantes surgiu quando foram demonstrados alguns tumores em testes de laboratório, pelo uso combinado de Ciclamato e Sacarina. Os tumores desenvolvidos por animais de laboratório foram na bexiga e a culpa não teve como ser atribuída a um ou ao outro. No entanto é importante deixar claro que esta relação de adoçante e câncer de bexiga (ou quaisquer outros cânceres) ainda não foi identificada em seres humanos. A minha humilde opinião é que estes achados em laboratório devem significar alguma coisa, por isso, evito os ciclamatos e sacarina. Importante destacar que, apesar dessas evidências em animais, a Sacarina foi removida da lista de substâncias com potencial cancerígeno no ano de 2000, com a explicação de que não apresenta o mesmo risco para humanos, que o que foi visto em animais. Por outro lado o ciclamato está banido para uso doméstico, pelo menos nos USA, desde 1969, em grande parte por efeitos cardiovasculares indesejados relacionados a um subproduto do seu metabolismo.
O Aspartame foi vinculado de forma errônea a tumores do sistema nervoso central e posteriormente também a linfomas e leucemias. No entanto, nenhuma evidência convincente foi identificada para esta relação. Mais uma vez, as evidências em testes de laboratório devem significar alguma coisa, portanto, tenho as minhas reservas com relação a este edulcorante. O curioso do aspartame é o número significativo de efeitos colaterais vinculados ao seu uso, como cefaleia, náuseas, sonolência, inclusive alterações cognitivas e endócrinas, entre outras.
Outros adoçantes aprovados para uso, especialmente nos USA, são: Sucralose, Acessulfame de potássio e Neotame. Nem todos para consumo no nosso país. De qualquer maneira, todos os produtos de obtenção industrial. Todos provenientes de grandes empresas mundiais com enormes interesses em manter seus produtos a venda nos supermercados.
O único produto que, a meu ver, tem melhores referências (em grande parte por ser um derivado de planta e por não conter calorias) é o Stévia (Stevia rebaundiana). Proveniente de uma planta oriunda da América do Sul, curiosamente ainda não foi aprovada pelo FDA (Organismo regulatório dos USA, que é o homônimo da ANVISA brasileira). Os motivos ainda não são claros, mas o fato de poder ser encontrado na natureza e ser de relativa fácil obtenção é que levantam algumas suspeitas pela demora do FDA em aprovar o seu uso nos USA (Talvez esta seja mais uma das minhas impiedosas teorias conspirativas, ainda não bem resolvidas). De qualquer maneira parece ser o adoçante menos danoso e mais natural, atualmente disponível.
Particularmente considero muito suspeito que muitos dos produtos artificiais tenham sido associados a alguns tumores em estudos de laboratório e posteriormente a dúvida tenha pairado no ar, permitindo a continuidade de sua comercialização. Creio que o uso criterioso de açúcar, tanto o refinado como o mascavo (excetuando os pacientes com restrição endocrinológica) é mais seguro do que os adoçantes artificiais. Sinto-me inseguro tendo havido relação de alguns tumores e o uso destas substâncias no passado, principalmente pelo grande aumento de todos os tipos de tumores nas últimas décadas no mundo. Daí que partem as minhas premissas de que quanto menos fatores de risco aos quais estivermos expostos, tanto menores serão as chances de desenvolver neoplasias.
Moderação com os adoçantes! Grandes empresas multinacionais fazem de tudo para lhe convencer de que não há riscos... eu desconfio disso.